sexta-feira, 7 de junho de 2013



Este texto foi desenvolvido para a terceira avaliação da disciplina de Intervenção pedagógica e necessidades educativas especiais, cursada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ministrada pela professora Carla Karnoppi Vasques, e visa apontar as reflexões e aprendizados para a carreira docente que foram trazidos pela disciplina. O presente texto foi postado neste blog, criado para a disciplina de Ensino e Identidade docente, cursada também na UFRGS. Após a rica discussão a respeito do ensino e do aprendizado voltado aos alunos com necessidades especiais,  resolvi reativar o blog, visto que esta discussão é de extrema importância na construção da identidade docente e compartilhar estas reflexões é sempre positivo.





Contribuição da disciplina para a vida docente


          A inclusão de alunos com necessidades educativas especiais nas escolas normais (usarei o termo normal para me referir às escolas que não são dedicadas exclusivamente para alunos com necessidades especiais) gera inúmeras discussões e levanta possibilidades de pensar o ensino e o aprendizado não somente dos alunos com necessidades especiais, mas de todo o corpo discente.
A existência de um aluno com necessidades educativas especiais dentro da sala de aula não precisa e não pode ser visto como algo negativo, como um incômodo para o desenvolvimento das atividades programadas com base os demais alunos. A presença de um aluno com necessidades educativas especiais deve ser visto como uma possibilidade de exercer a criatividade, propondo novas atividades, novas formas de ensinar um conteúdo, gerando benefício não somente para os alunos com necessidades especiais, mas também para os demais alunos, que vão ter seu processo de aprendizagem enriquecido por múltiplas formas de visualizar um mesmo conteúdo.
Diversificar as formas de pensar as aulas, de repassar o assunto, de despertar o interesse dos alunos e de avaliá-los, deve ser visto como algo extremamente positivo, ainda mais em um momento onde a escola vive uma crise, tendo que lidar com alunos com mais acesso a informação, com mais indagações e trazendo mais desafios para o professor.
A inclusão dos alunos com necessidades especiais nas escolas normais é um passo fundamental para que a sociedade aprenda a respeitar as diferença. Ela gera dois benefícios: primeiro os alunos com necessidades especiais vão ser incluídos na sociedade desde sua infância e não somente após sair do período escolar, quando se depararem com as necessidades e problemas da vida adulta, do trabalho, da carreira; e segundo, as pessoas aprenderão desde a infância a conviver com a diferença e com o diferente.
Nesse sentido, a evolução nas leis que garantem o acesso das pessoas com necessidades educativas especiais às escolas normais, foi uma grande conquista para a busca da inclusão, da diminuição da discriminação e do preconceito com o diferente. E o conhecimento destas leis, tanto por parte dos profissionais que irão trabalhar nas escolas, quanto de qualquer um que possa vir a ser pai ou mãe de uma criança com necessidades educativas especiais, é algo fundamental para que a sociedade possa continuar lutando por melhorias na educação.
Todos nós temos limitações, seja em determinadas disciplinas que envolvem cálculos, ou as que exigem mais carga de leitura ou conhecimentos gramaticais. Todos nós, em determinado momento da vida, já precisamos de maior auxílio para aprender determinados assuntos ou para desenvolver determinadas atividades. Nesse sentido, respeitar as pessoas com necessidades educativas especiais é respeitar o ser humano, como ser dotado de inúmeras potencialidades, mas também com limitações ou dificuldades, que podem ser rompidas, através de estímulos corretos.
 Dessa maneira, é necessário respeitar os diferentes tempos e formas de aprendizagem de cada um, pois cada indivíduo tem características únicas e responde de forma diferente aos estímulos recebidos. Mas também é necessário sempre buscar que essa aprendizagem evolua, respeitando as particularidades do aluno. Ser diferente, aprender de forma diferente, não significa ser inferior. A diferença significa riqueza, riqueza de possibilidades.
Estes são alguns apontamentos decorrentes da reflexão sobre o ensino e o aprendizado das pessoas com necessidades educativas especiais. O assunto é muito rico, podendo ser abordado através de filmes, de livros, de documentários, de textos acadêmicos, entre outros. A abordagem do tema é indispensável durante a formação dos professores, tanto durante sua formação no ensino superior, quanto durante a sua formação continuada. Saber lidar com os desafios e as possibilidades de lecionar para pessoas com necessidades educativas especiais é uma tarefa que será aprimorada na prática, no dia a dia da sala de aula, mas, com uma base teórica, o professor pode se sentir mais seguro e orientado sobre como agir, sobre os direitos do seu aluno, sobre os deveres do Estado e sobre as possibilidades de recursos pedagógicos para melhor desenvolver seu papel que é: ensinar, fazer o outro refletir e questionar, e crescer como aluno, como cidadão e como ser humano.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Sobre o "desafio" proposto para a Semana 9:

Iniciar a discussão em grupos (preferencialmente de cursos diferentes) sobre a proposta de uma atividade, com duração de 50 minutos. Os registros das propostas devem ser publicados nos blogs e linkados no Facebook (para aqueles que tem facebook). 


A presente postagem tenta relatar o desenvolvimento desta atividade em grupo, com alunos de cursos diferentes, na tentativa de construir uma aula que integre os mesmos. A proposta final, apresentada a professora, será requisito para avaliação da disciplina de Ensino e Identidade Docente. 

Segue o meu registros sobre a proposta do grupo do qual faço parte: 

 Nosso grupo é formado pelos seguintes alunos, e seus respectivos cursos:
Monica, eu, da Geografia
Mariele, da Química
Simone, da Psicologia
Tessália, das Artes Visuais
Daniel, da Sociologia
Primeiramente, a Mariele sugeriu a idéia de trabalharmos com um acidente envolvendo substâncias, ácidos e bases, ocorrido na Alemanha, semanas atrás. Ela abordaria as reações químicas, eu abordaria a questão do impacto ambiental, a Simone o Daniel abordariam as questões envolvendo a remoção de pessoas, o sentimento de medo, de insegurança, os impactos sociais de um desastre. No entanto, a Tessália se sentiu um pouco deslocada nessa proposta. Então a Simone sugeriu que trabalhássemos com Educação Especial. No entanto, não conseguimos pensar em um tema específico e que pudesse englobar todos do grupo.
Por fim, a Tessália sugeriu que trabalhássemos com as diferentes representações da mulher, através do uso das fotografias, envolvendo os estereótipos, a mulher como objetivo, o uso das mulheres em propagandas de bens de luxo, como carros e equipamentos tecnológicos.
Todos começaram a apontar como poderiam trabalhar com este tema: a Mariele falou que podia trabalhar com a questão química que envolve as fotografias, revelação, o tratamento da imagem, a reação tinta papel, enfim. O Daniel e a Simone falaram que poderiam trabalhar a questão do gênero, da identidade e outras questões sociais que envolvem a mulher. Por fim, eu apontei que poderia trabalhar como as diferentes  mulheres e/ou estereótipos de mulher ao redor do mundo: a mulher árabe, a mulher muçulmana, a mulher  gueixa, a mulher brasileira. Apontei que também podemos trabalhar com a mulher santa, a puta, a mãe, a dona de casa, a trabalhadora, etc, etc. Eu ainda sugeri que posso espacializar isso no Google Earth, através de fotos e descrições em vários lugares do globo. O Daniel ainda apontou que poderá fazer uma pesquisa sobre o histórico de construção de alguns desses esteriótipos ou perfis femininos.

Após esta primeira discussão, todos nós começamos a pesquisar sobre o assunto, nos trocamos vários e-mails, cada um mostrando o que buscou e auxiliando os colegas com bibliografia ou com dúvidas na elaboração do plano de aula e da apresentação.
Ao longo desse processo, mudamos um pouco o nosso trabalho. A parte discutido no âmbito da química e da geografia foram as que mais sofreram modificações. A Mariele direcionou suas analises para a industria de produtos de beleza e remédios de emagrecimento e eu direcionei minhas pesquisas para as transformações do papel da mulher na sociedade brasileira, como o crescimento delas no comando das famílias. Os demais integrantes modificaram menos o que haviam proposto e que já foi citado anteriormente.

A fase final de fechamento do trabalho, do plano de aula, da estipulação de tempo para cada apresentação, atividade, avaliação, enfim, foi bastante trabalhosa até chegarmos a um acordo. Esse fato foi muito enriquecedor para a aprendizagem sobre trabalhar em grupo.  E as discussões sobre o tema que escolhemos gerou um aprendizado riquíssimo.

Dessa maneira, acho que a atividade proposta contribuiu muito para a nossa formação como professores e professoras...=)


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Tafera Semana 7:



Vou falar um pouco sobre a minha trajetória de letramento digital, descrevendo em que momento e de que forma as Tecnologias de Informação e Comunicação passaram (ou não) a integrar as minhas práticas de oralidade, leitura e escrita.

Pois bem: Meu contanto com o computador começou na escola, na 5ª série do ensino fundamental. Mas o contato foi bastante restrito, somente em algumas aulas que eram destinadas justamente a aproximar os alunos do computador. Então ficávamos mexendo nos programas sem um objetivo específico. Raros professores nos levaram para aulas onde o computador realmente era utilizado de forma eficaz para nos ensinar algum conteúdo. Após essa primeira aproximação, fiz alguns cursos de computação e informática no segundo grau e comecei a ter mais acesso ao computador quando comecei a trabalhar. Mas foi durante a faculdade, fazendo os trabalhos, pesquisas, apresentações, artigos, enfim, que o computador e as TICs passaram a fazer parte da minha vida, sendo incorporadas no meu dia-a-dia. As redes sociais foram cada vez mais usadas para conversar com amigos e parentes em outras cidades, o computador e seus recursos e programas foram sendo cada vez mais indispensáveis para elaboração de trabalhos e a discussão a respeito das ferramentas da internet e do computador passaram a fazer parte das conversas com os amigos e colegas da faculdade. O MSN e o bate–papo foram utilizados para fazer inúmeros trabalhos de faculdade em grupo, onde íamos conversando sobre o mesmo e enviando por e-mail as novas versões com as alterações propostas por cada um. Primeiramente o Orkut e depois o Facebook passaram a gerar polêmicas pelas postagens, principalmente de cunho geopolítico que nos remetiam a discussões em aula. Hoje faço todos os trabalhos usando o computador, programas de geoprocessamento, banco de dados, troco informações sobre o funcionamento dos programas com amigos através da internet, me comunico com minha família e colegas através das redes sociais, enfim, posso considerar que as TICs são importantes no meu dia-a-dia. 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012


TAREFA AULA 5:

O texto “Os professores diante do saber: esboço de uma problemática do saber docente”, objetiva apresentar e discutir sobre a problemática do Saber docente, abordando os vários saberes que o compõem, a relação entre eles e a relação dos docentes com estes saberes. A partir da leitura do texto e da aula, apresento a minha compreensão a respeito dos saberes da formação profissional, disciplinas, curriculares e experienciais. Por fim, vou tentar relacioná-los com minha trajetória pessoal.

É muito interessante a diferenciação apontada pelo texto entre os pesquisadores -  cientistas e os docentes - professores. Enquanto a sociedade e a própria acadêmia relaciona os primeiros cada vez mais com a produção do saber, os professores são relacionados à transmissão desses saberes produzidos por outros.  Outro apontamento interessante do texto é a relação entre estes dois profissionais, o pesquisador e o professor. Mesmo que se adote essa idéia de que o professor somente transmite conhecimento, ele continua sendo extremamente importante na produção do conhecimento realizada pelos pesquisadores, uma vez que para alguém se tornar um pesquisador e criar novos saberes é preciso antes aprender os saberes antigos através de um educador. Dessa maneira, não é possível desconectar totalmente as duas atividades: pesquisar e ensinar.
Bom, com relação ao que compreendo dos saberes, creio que os saberes da formação profissional estão ligados aos saberes transmitidos pelas instituições destinadas à formação de professores, dizendo respeito às doutrinas, concepções, teorias e práticas de ensino, a formação pedagógica, a qual ensina a ensinar. Embora as mesmas teorias e práticas pedagógicas sejam ensinadas em diferentes cursos de licenciatura, compreendo que existam algumas diferenças. Por exemplo, no caso da geografia em algumas instituições existem aulas específicas de ensino de cartografia, as quais abordam as formas, maneiras de ensinar a cartografia para os alunos.

Com relação aos saberes disciplinares, estes dizem respeito a conjuntos de saberes criados, sistematizados e escolhidas pela sociedade para serem difundidas em forma de disciplinas, como a matemática, a química, a biologia. Muitas vezes esses saberes disciplinares estão muito interligados, como a história e a geografia, a geografia e a biologia, a física e a química, a química e a biologia. No entanto, a forma de sistematização e a forma de ensino e aprendizagem criada pela sociedade separam esses conteúdos relacionados em saberes disciplinas diferentes. Pensando mais especificamente para o curso de licenciatura em geografia, temos os saberes disciplinares da geografia urbana, geografia rural, geomorfologia, climatologia, geografia econômica, geopolítica, entre outras disciplinas. Elas separaram conteúdos que se relacionam, mas que não poderiam ser ensinados em uma única disciplina devido aos moldes da educação e do ensino atuais que fragmenta os saberes.



Com relação aos saberes curriculares, estes dizem respeito aos  discursos, conteúdos e métodos utilizados para escolher, sistematizar e organizar a forma de ensino e aprendizagem dos saberes sociais considerados pelas instituições escolares importantes de serem transmitidos, concretizando-se em programas escolares que devem ser seguidos pelos professores visando os melhores resultados de ensino e aprendizagem.

Por fim, os saberes experienciais são aqueles desenvolvidos pelos professores durante o exercício da sua atividade docente, do seu cotidiano de educador, com os problemas, as frustrações, as alegrias e as conquistas ao longo nos anos de trabalho. Esses saberes são a prática docente em ação. São construídos à partir de diferentes situações de ensino e aprendizagem. Nascem da interação entre professore e alunos e também entre os professores. Os saberes experienciais orientam os professores na forma como eles interpretam e compreendem a sua profissão e a sua ação de educador no cotidiano. Esses saberes são desenvolvidos e validados na prática e pela prática do docente.

Nesse sentido, o saber da formação de um professor de biologia, geografia, química, assim por diante, possuem pontos em comum, como as teorias e práticas pedagógicas, mas também possuem pontos divergentes visto que estas diferentes ciências possuem diferentes conteúdos, os quais também exigem diferentes formas de abordagem no ensino. Por estar começando a licenciatura agora e a cadeira de ensino e identidade docente ser a primeira cursada, ou melhor, ainda em andamento, tenho um pouco de dúvida em relacionar esses saberes com minha trajetória pessoal. Mas creio que isso venha a ocorrer com o tempo, com o decorrer do curso, e com o processo da minha formação como docente.
Ainda com relação ao texto, após a discussão sobre esses saberes, são apresentadas às relações entre eles, apontando que o professor é formado pela soma destes, embora, conforme aponte o texto, os saberes experienciais tenham sido considerados pelos professores como os fundamentos da prática profissional e da sua competência como educador. A importância dada aos saberes experiências se deve, entre outros fatores, devido à impossibilidade dos professores controlarem os outros saberes (disciplinares, curriculares e da formação profissional), os quais se relacionam à estrutura da escola, da sociedade e da educação contemporânea. Isso não quer dizer que os professores desconsiderem estes outros saberes, mas sim que eles os incorporam na sua prática através de formas próprias, relacionadas ao cotidiano, à sua realidade, avaliando e filtrando o que pode auxiliar ou não na forma de educar. 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Reflexões com base no capítulo I (Identidade e diferente: uma introdução teórica e conceitual, de Kathryn Woodward) do livro Identidade e Diferença: A perspectiva dos Estudos Culturais.

Questões para a aula do dia 13 de setembro:

1 - Identidade e Diferença: conceitos e relação

Com base no texto lido e nas discussões em aula, compreendi que Identidade significa um conjunto de símbolos, valores e atitudes específicos de determinado indivíduo ou grupo que os torna diferentes de outros indivíduos ou grupos, os quais possuem outros símbolos, valores e atitudes. Dessa forma, pode – se apontar que a identidade é construída através da relação com outras identidades, através do “nós” e “dos outros”. A identidade está relacionada a características e manifestações físicas, biológicas, étnicas, culturais, sexuais, materiais, simbólicas, sociais, morais, históricas, territoriais, entre outras.
A diferença, por sua vez, está diretamente relacionada com a identidade. Só pode se considerar diferente de alguém ou de algum grupo, os indivíduos ou grupos que possuem uma identidade, um conjunto de símbolos, valores e atitudes que possam diferenciá-los de outros indivíduos ou de outros grupos. Nesse sentido, a diferença poderia ser compreendida como o que exclui, não da forma negativa, como marginalização, mas que exclui como diversidade, diferença. A exclusão aqui sugere o não pertencimento a um determinado grupo para dar espaço ao pertencimento a outro grupo específico. Nesse sentido, a diferença, o não pertencer, o não ser também é um elemento construtor da identidade.
Nesse contexto, o autor do texto aponta que: “As identidades são fabricadas por meio da marcação da diferença [...]. A identidade, pois, não é o oposto da diferença: a identidade depende da diferença” (pag. 40)
A identidade, no entanto, é algo mutável, visto que a construção desta é um processo, e como tal está sempre em movimento, modificando – se. Os indivíduos e os grupos mudam seus valores, suas atitudes, seus pensamentos ao longo do tempo. Dessa forma, a sua identidade também é cambiável. Nesse sentido, os indivíduos não precisam, necessariamente, permanecer no mesmo grupo com o qual se identificam por toda a sua vida.
Novamente observa – se uma relação entre a identidade e a diferença, uma vez que hoje certa característica ou valor que me associa a determinado grupo pode, amanha, sofrer uma mudança e me identificar a outro grupo diferente.
Nesse sentido surgem duas formas de definir a identidade, uma delas sob a perspectiva essencialista, a qual não considera o processo, as mudanças, as diferenças, as contradições na formação da identidade, e outra não essencialista, a qual considera as diferenças dentro do mesmo grupo e as mudanças ocorridas na identidade deste ao longo do tempo.
Outro ponto importante com relação à identidade é o fato de que muitas vezes grupos distintos, que se identificam dessa maneira, possuem sim características em comum, no entanto, são as características incomuns às consideradas mais importantes para a identidade. Exemplo: podem existir pessoas da mesma classe social, mesma cor e mesma nacionalidade, porém possuem religiões diferentes. Embora estes dois grupos tenham características em comum, eles não se reconhecem como um grupo coeso, visto que a religião para eles é o elemento mais importante para a formação de um grupo.

2 - Qual a diferença entre um sérvio e um croata?
Segundo depoimento de um Sérvio, respondendo a uma indagação sobre o que fazia com que sérvios e croatas pensassem que fossem diferentes, ele rassalta que os croatas fumam cigarros croatas e sérvios fumam cigarros sérvios. No entanto, logo em seguida, o homem aponta que ambos não diferem, o que ocorre é que os croatas se acham diferentes, melhores do que os sérvios, quando na verdade não o são. 

Sobre o blog

Este blog foi criado para partilhar com a professora e os demais colegas as reflexões sobre os assuntos discutidos na cadeira de Ensino e Identidade docente, a qual estou cursando dentro da licenciatura em geografia, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Resolvi fazer a licenciatura em geografia para complementar o curso de bacharelado. Quando criança tinha o sonho de ser professora, mas o sonho se perdeu com o passar do tempo. Além de ter me interessado por outras profissões distantes da licenciatura, vejo a figura do professor ser extremamente desvalorizada no país. Dessa forma, minha escolha em fazer a licenciatura se deve ao fato de eu achar que esta pode contribuir para ocasiões em que seja necessário falar em público, apresentar projetos, idéias, como geógrafa; além de constituir mais uma opção de atuação profissional. Talvez, com o tempo, no decorrer do curso e, principalmente, nos estágios nas escolas, eu reencontre a vontade de ser professora dos tempos de criança ou, pelo contrário, descubra que realmente não tenho dom para lecionar. Acredito que ser professor exige sim uma construção ao longo dos anos, que a “identidade” de educador se constrói num processo longo, mas também acredito que está relacionada à vocação. Esta pode ser explicita (todo mundo vê que a gente tem dom para dar aulas) ou estar ali escondida. Vamos ver se descubro a minha ou descubro que não tenho a mínima vocação para a licenciatura. Na verdade, acho que o curso vai ser uma experiência e o tempo trará as respostas. Sendo assim, independente do que eu descubra, terá sido válido.